segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O PAPEL DA EXTENSÃO E A UNIVERSIDADE DA MATURIDADE

Publicado no Jornal “A Gazeta” de domingo, 08/11/2009

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Cenas da Universidade Federal do Amapá – UNIFAP. Fotos: Fernando Canto

“Quando o aluno atravessa o portão da universidade, quando ele coloca os pés do muro para dentro dela, ele não está mais no Amapá. Ele está num território federal. Por isso ele tem que ter um atendimento tal qual o das melhores universidades do Brasil”.

Com essas palavras o professor Steve Wonderson, pró-reitor de Extensão e Ações Comunitárias da UNIFAP, explica o fato de a Universidade Federal do Amapá vir minimizando problemas de ordem sócio-econômica que vinham impossibilitando a permanência de dezenas de alunos na instituição.

Para tanto, desde os meados de 2008 a Proeac vem implantando programas do Governo Federal de assistência acadêmica, cujo objetivo é extinguir o aluno desistente por falta de recurso de transporte, alimentação ou cópia de materiais, bem como por falta de conhecimento em língua estrangeira e informática. A ausência desses programas vinha trazendo consequências sérias para o ensino, principalmente a evasão escolar que é alta em todas as Universidades Federais, como nos cursos de matemática e física, nos quais poucos alunos chegavam a se formar.

Até agora a Pró-reitoria realizou o programa de transporte urbano e interurbano, que atende a 800 alunos com vale transporte gratuito em todo o período letivo do ano, e o auxílio fotocópia para 800 acadêmicos, beneficiados com 400 cópias/ano (Para se ter uma idéia a Unicamp repassa apenas 100 cópias por aluno/semestre). 420 alunos são beneficiados com o auxílio-alimentação com uma bolsa de R$260,00 para os meses de outubro a dezembro. Há, ainda, o auxílio-editor de texto, para monografia e artigos acadêmicos e 100 bolsas-trabalho no valor de R$360,00 para estagiários de diversos cursos. Já está garantido para 2010 o aumento do quantitativo que já beira a trrês mil atendimentos. Em contrapartida o aluno tem que concluir o curso em quatro anos. O plano para o ano que vem é aumentar os quantitativos para que nenhum acadêmico com insuficiência financeira fique fora dos programas (cerca de 50% ou dois mil alunos). Para isso a deputada Janete firmou o compromisso de depositar 150 mil reais de emenda parlamentar para a assistência estudantil.

Como novidade a Extensão deverá implantar agora em novembro o projeto “Universidade da Maioridade”, com abertura no anfiteatro para a participação de associações de idosos, visando que eles se inscrevam ao processo seletivo a fim de que participem de um curso livre com duração de três semestres, gratuitamente. O projeto será financiado por emenda parlamentar do deputado Bala Rocha, amigo da Universidade da Maturidade.

Desde o ano passado tem crescido bastante o número de projetos institucionalizados (registrados) dentro da Universidade. Grupos da área de Educação Física, colegiado de Letras, Informática, Biologia, Geografia, Artes Visuais, têm participado com mais de 50 projetos sociais e ambientais. Há atendimento à comunidade externa com o anfiteatro, e inúmeras atividades extensionistas são realizadas com o apoio da Proeac, tais como Seminários, congressos, fóruns e outros eventos acadêmicos, inclusive com fornecimento de passagens para professores externos e apoio a viagens a congressos para estudantes.

O professor Steve reitera que o papel da Proeac é dar apoio à cultura e ao conhecimento, sendo que um dos focos é auxiliar na redução da evasão escolar. Ele espera com isso que a Unifap venha melhorar cada vez mais a qualidade do profissional para a sociedade, exemplificando que “a maioria dos aprovados nos concursos do Governo são oriundos da nossa Universidade”. O pró-reitor ainda enfatiza que o aluno tem o direito de ser bem atendido, da mesma forma que a instituição tem o dever de fazer isso por ele. O aluno bem assistido pode fazer a diferença, desde que seja estimulado a aumentar sua auto-estima, pois, finalizou o professor: “Nós não somos inferiores. Temos os mesmos neurônios e somos capazes de realizar o que queremos para o nosso Estado como qualquer outro de qualquer Universidade”.

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