segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

COLUNA CANTO DA AMAZÔNIA

Publicada no jornal “A Gazeta” de sexta-feira, 05.02.2010

INSCRIÇÕES PARA AUXÍLIO-ESTUDANTE

O Programa de Assistência ao Estudante, o Pró-Estudante, lançado em edital pela PROEAC/UNIFAP acaba as inscrições no dia 27 de fevereiro. O programa consiste em um conjunto de ações que visa dar suporte à permanência de acadêmicos em situação de hipossuficiência financeira na UNIFAP. É dirigido àqueles matriculados regularmente, para que possam garantir essa permanência e conclusão do curso.

As ações de auxílio são para alimentação, cinegrafia, fotocópia, inclusão digital, LaTeX, monografia, natação e transporte (urbano e interurbano). O programa é do Governo Federal. Interessados devem procurar a PROEAC no campus Marco Zero do Equador.

HISTÓRIA CURTA E TRISTE

indio_ubiratan Calcula-se que no começo do século XVI havia em torno de 6 milhões de índios no Brasil. Era uma espécie de Babel tropical. Mais de mil grupos disputavam território e falavam 1.200 línguas, tinham costumes diferentes e não se reconheciam no outro, enfrentando-se em guerras sangrentas. “Não praticavam o canibalismo como forma desumana de alimentação”, já dizia Florestan Fernandes. Os tupinambá diziam que somente deviam ser comidos os guerreiros aprisionados em combate e que, na hora da morte, não se acovardassem. Mas os brancos chegaram e souberam explorar as antigas guerras intertribais, utilizando a política de “dividir para poder dominar”.

Em pouco mais de meio milenio a população indígena do Brasil caiu de 6 milhões para cerca de 450 mil indivíduos. As 1.400 tribos agora são 225 comunidades, segundo a FUNAI. A Babel com mais de mil línguas e 40 agrupamentos linguísticos fala hoje apenas 180 idiomas (extraído de diversas fontes). (Tela do artista plástico Ubiratan Homobono)

HISTÓRIA LONGA E BELA

boemios_enredo Em que pese a tragédia do genocídio, ficou a cultura mística e a sabedoria natural do índio, que se incorporou à Nação Brasileira. A beleza do tema a Universidade de Samba Boêmios do Laguinho vai contar no sambódromo no último dia do desfile, quase de manhã, quando o sol estiver surgindo para iluminar a linha equatorial, derramando sobre os brincantes a energia que gera vitória. A vitória que gera a satisfação do trabalho e do empenho de todos os boemistas neste carnaval. O Laguinho vem bonito para homenagear nossos ancestrais. Quem não tiver DNA indígena que jogue a primeira flecha, que dê a primeira bordunada.

SLOGAN DE CAMPANHA

Numa das eleições para vereador, na década de setenta, um grupo de amigos constituído por João Tavares, Galileu, Pedro Silveira, Ilo Moraes, Fenelon Gonçalves e Bill Pickerell, resolveu eleger um membro do seu próprio grupo. O escolhido foi o jornalista Euclides Moraes, em cujas veias já corria o sangue de político, afinal era (é) filho do ex-prefeito de Macapá Claudomiro de Moraes, hoje nome de uma importante via do bairro Buritizal.

Para tanto o slogan escolhido por eles foi “Euclides Campos de Moraes: é mole ou quer mais?” O candidato ganhou fácil. Mas, segundo o Tatá, abandonou os amigos. Quatro anos depois foi a eles pedir apoio na reeleição. Claro que a turma negou. Mas não perdeu a criatividade e escolheu o slogan: “Euclides Campos de Morais: esse nunca mais”. Nunca mais mesmo.

ANIVERSÁRIO DA CIDADE

Pouca gente sabe, mas a primeira vez que se comemorou o aniversário De Macapá foi em 1982, com uma solenidade na Praça da Bandeira, promovida pela SEPLAN/DETUR e PMM. Na época o governador era Annibal Barcellos (carioca), o prefeito era Murilo Pinheiro (maranhense) e o secretário de Planejamento e Coordenação Geral e o diretor do DETUR eram respectivamente Antero Duarte Dias Pires Lopes (paraense) e Flávio Zírpolli (pernambucano).

O evento, simples, foi transmitido pela Rádio Difusora e houve uma palestra proferida pelo ilustre e saudoso historiador, professor Estácio Vidal. Nela, Estácio contava a saga dos colonizadores e as origens do nosso povo. Ele mesmo, que tinha o sobrenome Picanço era descendente de valorosos imigrantes açorianos, que vieram para Macapá em 1750, colonizar a então vila, por ordem de Marquês de Pombal. Muita gente bebeu nas fontes históricas de Estácio, sem sequer citar-lhe o nome.

ANIVERSÁRIO DA CIDADE 2

Em 1983 a SEPLAN imprimiu e distribuiu um cartaz Intitulado “Adelantado de Nueva Andaluzia”, confeccionado pela produtora do publicitário Walter Júnior, com texto histórico/poético de minha autoria, ilustrado com várias fotografias antigas. O texto era narrado por um personagem visionário, que contava a história do Amapá para outro amapaense, antevendo, claro, o desenvolvimento de nossa terra. A frase/título do texto era o primeiro nome dado ao Amapá que se tem notícia. Um presente dado pelo rei da Espanha, Carlos V, a Orellana, em 1544.

O navegador espanhol, que já viajara por aqui, e que deu ao Mar Dulce o nome de “Rio das Amazonas” nem chegou a tomar posse desta vastidão amazônica: sucumbiu diante da força da pororoca com seus três navios.

ZUNIDOR

Amanhã tem festival de música-tema dos blocos ligados a LIBA.

Vai ser no tradicional Bar do Abreu. Pereirinha, que deixa a presidência da entidade este ano, está serelepe.

Agostinho Lopes se recupera depois de acidente automobilístico.

Delegado Claudionor, da Maracatu, quebrou a perna numa queda. Só vai sair na segunda-feira, no bloco Pererê. Epa!

Depois do carnaval a UNIFAP inaugura o prédio da Rádio, TV e Editora Universitária. Está havendo muita demanda interna e externa por programas. Um conselho deverá escolher as propostas e filtrar o que interessa à programação educativa e cultural.

osmar francisco lino

Osmar júnior e Francisco Lino se preparam para realizar show musical “Encontro dos Menestreis”, no Bar do Abreu e na Casa do Chorinho do Ceará da Cuíca, em março.

Esteve em Macapá e até participou do show de solidariedade ao Haiti, o poeta amapaense José Edson dos Santos.

Boêmios lavou a burra no concurso de “melhor samba-enredo”. Fez carreata pela cidade no domingo.

Vem aí o “Adoradores do Sol”. Inderê! Volto zunindo na sexta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por emitir sua opinião.