sexta-feira, 30 de julho de 2010

COLUNA CANTO DA AMAZÔNIA

Publicada no jornal “A Gazeta” de sexta-feira, 30.07.10

REFORMA NA IGREJA

aldenor A velha igreja de São José deverá parar suas atividades para entrar em reforma em setembro deste ano.

De acordo com o pároco, padre Aldenor Benjamim, a mais antiga construção da cidade, projetada pelo Sargento Mayor Engenheiro Thomas Rodrigues da Costa, em 1759, está precisando de reparos na sua estrutura. Para ele a igreja tem muita coisa a ser observada por arquitetos e historiadores, como a cúpula da torre, que prescindiu de ferro para a sua sustentação. Ela é toda de tijolo maciço.

REFORMA NA IGREJA 2

igreja_hoje Com mais de 200 anos o prédio sofreu muitas modificações, como a retirada dos púlpitos e dos baluartes do altar, e a colocação de mais duas portas na sua fachada frontal.

Há muitas curiosidades sobre a igreja. Sua planta original, que já foi atribuída a Antonio Landi, traz duas torres. E dentro dela há vários túmulos de pessoas de famílias ilustres da cidade, como as da família Rola. Há um túmulo com uma curiosa declaração de amor. Também os painéis pintados em 1959 pelo padre Lino Simonelli precisam de restauração.

CANTORES DA MESMA FLORESTA

Gente da Mesma Floresta-Fotos-Ursula Bahia-00024 O Teatro das Bacabeiras recebe nos dias 31 de julho e 1º de agosto (sábado e domingo), à 21h00, os cantores Zé Miguel (AP), Bado (RO), Célio Cruz (AM), Eliakim Rufino (RR), Graça Gomes (AC) e Nilson Chaves (PA) para o lançamento do DVD “Gente da Mesma Floresta”.

Um grande show será realizado para mostrar a música popular contemporânea da Amazônia que precisa ser reconhecida dentro da própria

MAZAGÃO VELHO

cristina_homobono Cristina Homobono que é, decididamente, uma das maiores defensoras das tradições da vila de Mazagão Velho, informa por telefone que a festa de São Tiago foi muito animada e organizada este ano. A cada ano o fluxo de turistas é maior, o que chama a atenção até de visitantes estrangeiros.

Apesar de tudo, diz Cristina, não falta alimentação, pois muitos restaurantes se instalam no local, mas o problema da hospedagem ainda é uma das principais dificuldades. Ela acredita que já não se está mais observando o caráter religioso da festa, pois as pessoas que vão para a vila consomem muito álcool. Cristina e Pedro, sempre hospitaleiros, receberam em sua casa alguns membros da Confraria Tucuju, inclusive a presidente Telma Duarte.

QUARTETO DE BRASÍLIA

Para quem gosta de música clássica taí um programa imperdível. O Quarteto de Brasília se apresentará em Macapá no dia 03 de agosto (terça-feira) às 20h00 no auditório da Escola SESC, pelo programa Sonora Brasil.

O projeto apresenta o tema “Música Brasileira do Século XX – A Obra de Cláudio Santoro e Guerra-Peixe”

Os dois compositores cumpriram um importante papel na estruturação das bases a música erudita contemporânea do Brasil, a partir da relação que tiveram com o Movimento Música Viva, que de 1939 em diante modificou o cenário musical brasileiro.

ZAIDE SOLEDADE

zaide Amanhã, 31 de julho, será comemorado o aniversário da querida professora Zaide Soledade, ela que nasceu em Óbidos-Pa e chegou ao Amapá com 16 anos. Trabalhou inicialmente na Casa Leão do Norte, o maior estabelecimento comercial da época na cidade. Em 1958 ingressou na área da educação e cultura e nunca mais parou. Foi diretora do Departamento de Cultura da PMM, diretora do Teatro das Bacabeiras, conselheira do Conselho Estadual de Cultura e membro da diretoria da Confraria Tucuju. Para ela vão os parabéns da coluna. Vida longa.

SAMBA NO MERCADO CENTRAL

carlinhos bababa_carlos piri_macunaima

Carlinhos Bababá, Carlos Piru e Macunaíma.

O pessoal do Movimento Cultural Perfil do Samba está convidando todo mundo para participar do projeto Samba no Mercado Central hoje, a partir das 19h00.

O evento vai comemorar o primeiro aniversário do programa “Perfil do Samba” que vai ao ar aos sábados na Rádio Difusora de Macapá, de 16 às 18h00. As principais atrações são os grupos de pagode Nossa Arte e Perfil do Samba, que também vão levar outros sambistas para se apresentarem. Tomara que não chova. Já é verão.

ZUNIDOR

gabriel penha Quem está feliz com o lançamento do jornal ”Folha de Mazagão” é o jornalista e editor Gabriel Penha. Segundo consta foi muito bem aceito pela população. É a primeira vez que Mazagão tem um jornal específico sobre a cidade e a festa, feita por gente de lá.

mazagão a cidade que atravessou o atlântico Segundo Laurent Vidal, autor do livro “Mazagão, a cidade que atravessou o Atlântico” (Martins Fonte, S. Paulo, 2008), “Esse nome seria derivado do topônimo berbere Mazighan, que significa “água do céu”, termo usado na região para designar os poços destinados a recolher água de chuva” (p. 18).

Atenção compositores trabalhadores da indústria: as inscrições para o Festival de Música do SESI estarão abertas até 13 de agosto.

Bi Trindade_ Bi Trindade está animado com o show que vai fazer no Copacabana, dia 04.08.

reunião diocese Será na próxima semana a reunião da diretoria da Fundação Educadora São José, que irá eleger e dar posse a seus novos membros. Brevemente ela implantará a rádio Educadora São José de Macapá.

Ano de eleição é melzinho na chupeta para músicos e compositores. Muito jingle está sendo composto para os candidatos.

grupo pilão e manoel cordeiro

Pessoal do Pilão já começou a preparar as primeiras músicas para a gravação do novo CD em comemoração aos 35 anos do grupo. Muita música boa está emergindo. (Na foto: Juvenal Canto, Orivaldo Azevedo, Eduardo Canto, Leonardo Trindade, Fernando Canto e Maestro Manoel Cordeiro)

rebeca É muito talentosa a compositora e violonista Aline Coelho que acompanha a não menos talentosa Rebecca, no Prato de Barro.

Inderê! Volto zunindo na sexta.

SHOW POCKET NO COPACABANA ABRIU ESPAÇO PARA CANTORES DA TERRA

Como era esperado, o show “Sentinela Nortente”, dos cantores Osmar Junior e Amadeu Cavalcante, foi realizado com grande sucesso na noite de ontem (quarta-feira) na casa de shows Copacabana.

Fãs e apreciadores da boa música regional produzida por nossos artistas prestigiaram o evento e ficaram entusiasmados com a performance deles no palco. Os dois cantaram antigas canções conhecidas e foram acompanhados pelo público em muitas delas, que tiveram o acompanhamento instrumental de músicos do quilate de Cléverson Baía (guitarra), Joãozinho Batera (bateria) Rogerinho (baixo) e Pisca (teclado).

Osmar e Amadeu foram os primeiros a se apresentarem no projeto “Palco da Esquina”, do Copacabana, que será realizado todas as quartas-feiras, sempre a partir das 22h30, sob a coordenação de Sônia Canto Produções. O projeto é uma forma de preencher o espaço com música local e com isso valorizar a produção de nossos músicos, intérpretes e compositores. Muitos artistas já demonstraram o interesse de participar, entre os quais Nivito Guedes, Ana Martel, Marcelo Dias, Zé Miguel e Juliele Marques.

Na próxima quarta-feira, dia 04 de agosto quem vem com tudo é Bi Trindade, com o show pocket “Fé Guerreira”, no qual interpretará canções de compositores amapaenses, inclusive algumas em versão que fez para o francês, e outras francesas como Ne me quit pas, eternizada na voz de Edith Piaff.

Muita gente foi prestigiar o show. Veja aí.

bi trindade Bi Trindade, que fará o show “Fé Guerreira” no dia 04 de agosto

Benemar_Maria Eli Advogado Benemar e a cantora Maria Eli.

savio_gorete_alan Sávio e Gorete e Alan Cristophe, empresários da casa

HPIM8146 Cantora Ana Martel, que apresentará o Show “Sou Ana”, no dia 18/08.

marciacorrea Jornalista Márcia Corrêa

edson oliveira Edson Oliveira e esposa

emanoel oliveira Emanoel Oliveira e esposa Camila e irmã Edna

heraldo almeida_luana Radialista Heraldo Almeida e Luana

chico terra Chico Terra e namorada

HPIM8144 Aspecto do show

HPIM8144 Aspecto do show

quinta-feira, 29 de julho de 2010

ESTRADA DO TEMPO

marcozero01 Monumento Marco Zero do Equador em construção na década de 80.

ESTRADA DO TEMPO

fazendinha01 Fazendinha, anos 70. A foto em preto-e-branco mostra como era a nossa melhor praia de rio em Macapá.

ESTRADA DO TEMPO

antiga_farol Ô beleza, o mirante da Fortaleza. Para onde será que levaram esse farol?

ESTRADA DO TEMPO

Fernando_Canto_GMOlha aí esse moleque com três riscos na presilha do ombro (que servia para prender o “casquete” usado nos desfiles do dia 07 de setembro). Eu estudava a terceira série no Ginásio de Macapá, em 1969.

ESTRADA DO TEMPO

GRUPO_BARAODORIOBRANCO Minha escola primária, o Grupo Escolar Barão do Rio Branco em postal, com sua mutambeira frondosa ao lado oriental. Na frente do prédio havia uma mangueira, onde quebrei um braço, e uma árvore de pau-brasil, talvez a única da cidade. Estudei no Barão de primeira à quinta série, entre 1962 e 1966.

ESTRADA DO TEMPO

Raimundinho_02_03_Jomasan_Guimarães_Binga Em 1973 a boate Jussarão ainda estava em alta e o conjunto “Os Supersônicos” era composto por (da esquerda para a direita) Raimundinho, na guitarra, que depois tocou teclado no “Os Mocambos”; Lurdival, que fora crooner do conjunto “Os Mensageiros Alegres”, da paróquia de São Benedito; o seguinte eu não sei quem é (só mesmo acionando o Paulo Silva); Zé Maria “Vaca Preta”, hoje renomado cantor na Guiana Francesa, na bateria; o saxofonista e multiinstrumentista Ismael Guimarães e a seu lado, na guitarra solo, Binga Monteiro.

Tanto Raimundinho como Lurdival e Guimarães já partiram para outra dimensão. Jomasan mora em Kourou e Binga continua desempregado, vivendo de bico.

ESTRADA DO TEMPO

Galego_Binga_Emiliano Esta foto é de 1971, tirada na praia do Elesbão, hoje bairro Santa Inês, ao lado da usina de captação de água da Caesa, antes do aterro. As personagens são o poeta Francisco Rodrigues de Sousa, o Galego; o pintor e poeta Binga Monteiro e Emiliano. O moleque sentado no tronco não deu para identificar

segunda-feira, 26 de julho de 2010

SENTINELA NORTENTE

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Amadeu Cavalcante Osmar Jr

Amadeu Cavalcante e Osmar Jr. inauguram o Projeto Palco da Esquina na Casa COPACABANA, com o show SENTINELA NORTENTE. Este show foi apresentado no Teatro das Bacabeiras em dezembro/2009, com grande sucesso.

SERVIÇO:

Local: COPACABANA, Av. Mendonça Furtado, esquina com Odilardo Silva

Data: 28/07/10 / HORA: 22:30h

Valor da Mesa: 80,00 / Ingressos na portaria a 20,00

Venda de Mesas: Casa Copacabana ou pelos telefones 8111-0695 e 9149-9536

OS 30 ANOS DO MACAPÁ VERÃO

Publicado no jornal “A Gazeta” de domingo, 26/07/10

Aymoré e os brôtos 1969

Aimoré Batista e os brotos (quem se arrisca a dizer quem são?), em 1969. Fonte: Revista Latitude Zero, nº 01.

O deus sol abre novamente suas asas de luz para abrigar a alegria e o contentamento que trazem as férias em Macapá.

Uma juventude radiante movimenta o corpo em dezenas de balneários espalhados por perto da cidade, ouvindo música e o som daqueles que riem e explodem em seus hormônios, crescendo como açaizeiros ao vento.

O velho Macapá Verão, que teimaram e depois desistiram de mudar o nome para “Festa do Sol” (nome importado de cidades nordestinas que não pegou bem), tornou-se um símbolo da cidade.

Antes dele o passeio aos domingos à praia de Fazendinha era uma tradição das famílias de classe média macapaense, mas não havia atrações, apenas um grande barracão que virava salão de dança e alguns bares sazonais. Quase todo mundo era “farofeiro”.

O programa começou em 1980, realizado pelo Departamento de Turismo, que àquela época era vinculado à Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral. Estávamos em plena ditadura militar e o governador era Annibal Barcellos, o secretário da SEPLAN era o economista Antero Lopes e o primeiro diretor do DETUR era o técnico em turismo Flávio Zírpolli, um pernambucano muito competente.

Lembro que a oposição ao Governo tinha um jornal que apelidavam de “Vermelhinho” - cuja memória sobreviveu ao próprio nome -, impresso por políticos de uma facção do PDS, o mesmo partido que apoiava o governo militar.

Esse jornal impinimava com o Flávio por duas coisas: primeiro por ele não ser amapaense e segundo porque na programação tinha eventos que eram considerados bizzaros, como o pau-de-sebo e a famosa disputa pelo prêmio de maior comedor de camarão. Alegava que o pau-de-sebo era uma brincadeira do nordeste e da quadra junina. Já o maior comedor de camarão era um concurso muito esperado pelos participantes e pela população de banhistas que se aglomeravam em torno dos concorrentes, só para vê-los se enchendo de camarão “com casca e tudo”. Mas o jornal “metia o malho” porque achava tudo aquilo muito nojento e primitivo.

Havia concursos de escultura na areia, miss Macapá Verão, e shows artísticos. As pessoas dançavam, uns faziam roda de samba, e ninguém reclamava do preço das comidas. Os professores do DEFER, órgão responsável pela programação esportiva e recreativa, faziam até concursos de canoagem com os caboclos ribeirinhos, enquanto o GRUCI (origem do Corpo de Bombeiros) disponibilizava salva-vidas para o local.

Mais tarde o arquiteto Chikahito Fujishima assumiu o lugar de Zírpolli no DETUR. Daí muita coisa foi tirada e acrescentada. E o Macapá Verão não parou mais de crescer. A Prefeitura Municipal de Macapá passou a realizar a programação e se instalou em algumas dezenas de balneários no interior do município: do Lontra da Pedreira à Vila Progresso no Bailique, do Maruanum a São Joaquim do Pacuí e Curiaú. Sem contar os diversos pontos da cidade como Araxá, Jandiá e Aturiá. As primeiras divulgações eram feitas através de spots transmitidos pela Rádio Difusora, cartaz em preto-e-branco e veiculação semanal no Jornal do Povo, onde trabalharam Valmir Botelho e Elson Martins, sob a batuta do jornalista Haroldo Franco. Por outro lado, em 2004, os banhistas de Fazendinha foram contemplados com show de artista nacional ao vivo (Nando Reis e Banda e artistas locais), transmitido pela TV Cultura.

A tradicional programação de férias dos macapaenses hoje continua a mesma, ainda que mais colorida pelo processo político que se acentua nos anos de eleição. Então vamos viver o nosso velho e querido Macapá Verão e pedir ao sol do equador mais luz para iluminar a cabeça deste povo que daqui a pouco vai ter que escolher seus governantes.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

ESTRADA DO TEMPO

peneiras O local é Caiena, Place des Palmistes em 1986, por ocasião da abertura do I Festival do Platô das Guianas.

Essas meninas bonitas são o Grupo de Dança Peneiras, coordenado pela professora Célia Rocha, que depois virou Célia Cunha, quando conheceu o pintor Olivar Cunha nessa época, lá na Guiana Francesa.

Célia era coreógrafa e professora de Educação Física no CCA, onde formou esse grupo pioneiro de dançarinas que se especializaram em trabalhar músicas regionais. Acompanharam o Grupo Pilão desde 1985.

Na foto estão a professora Célia e as dançarinas Pietrina Salgado, Tina, Marly e Rejane.

Festival Cayena_1986

As Peneiras no show do Grupo Pilão em Caiena (1986)

COLUNA CANTO DA AMAZÔNIA

haroldo canto NOVO CENSO

Nos próximos dias o país vai parar para uma nova radiografia. O censo 2010 ganhará as ruas das 5.565 cidades espalhadas de norte a sul para, depois de uma década, mapear como as pessoas vivem, quanto ganham, o que fazem, se estudam e o que possuem.

Essas e outras informações recolhidas pelo IBGE devem confirmar mudanças de hábitos importantes, fruto da estabilidade econômica, do controle da inflação e da melhoria da distribuição de renda. Na foto, Haroldo Canto, Diretor do IBGE no Amapá)

NOVO CENSO 2

Serão 191. 972 profissionais contratados temporariamente e mais de 30 mil servidores envolvidos. A coleta terá início em 1º de agosto e os primeiros resultados deverão ser divulgados em dezembro.

As visitas vão se estender por 58 milhões de domicílios. E nessa operação o orçamento total previsto para seu gasto é de R$ 1,4 bilhão ( Fonte: Luciano Pires/Correio Brasiliense).

VALORIZANDO A CULINÁRIA REGIONAL

A FIEAP e o SESI estarão realizando mais uma etapa do programa Cozinha Brasil, que objetiva promover alimentação inteligente e melhoria da qualidade de vida da população.

O programa tem metodologia própria para atender trabalhadores e seus dependentes, comunidade e empresas do Amapá. A meta é introduzir novos hábitos na cultura alimentar do povo, focalizando a produção e a ingestão de uma alimentação de valor nutricional e baixo custo, valorizando a culinária regional. Os cursos são gratuitos para industriários e seus dependentes.

REPRESENTAÇÕES AMAZÔNICAS

yurgel Os professores Yurgel Caldas (foto) e José Maria da Silva, do Mestrado em Desenvolvimento Regional da UNIFAP, vão ministrar em conjunto uma nova disciplina naquele curso: Representações da Amazônia. Eles deverão falar sobre as categorias imaginário, discurso e poder, abordando aspectos literários e antropológicos da nossa região.

Yurgel Caldas (coordenador do MINTEG) trabalhou sua tese de doutorado sobre a Muhraida, de Henrique João Wilkens, que escreveu sobre a conversão dos índios mura, do rio Madeira, no final do século XVIII, e José Maria da Silva (ex-reitor da UEAP) publicou livro sobre a festa dos bois de Parintins, também do Amazonas, ainda em nível de mestrado.

ENGANOS NO MATAGAL

Um recenseador chegou ao interior e perguntou a um menino onde estava seu pai. O menino disse que ele estava cortando uma árvore lá no mato. Cansado e louco para acabar o trabalho o recenseador foi até o chefe da família, que de fato cortava uma árvore. Quando os dois se viram, o caboclo saiu em desembestada carreira e o recenseador atrás. Só mais tarde, bem longe e lanhados pela vegetação, é que foram se dar conta que o recenseador, de colete e embornal, aos olhos do caboclo não era fiscal do IBAMA, e que nem a árvore, para o recenseador, ia cair sobre a sua cabeça.

SARAU LITERÁRIO

O SESC promove no dia 06 de agosto no Bambuzal do Araxá mais um sarau literário. Lá os convidados e escritores recitam seus trabalhos poéticos e conversam com o público, para oportunizar um encontro legal entre eles.

Paralelamente há exposições de artes visuais, apresentações de músicas, performances teatrais e dança. Também há venda de bebidas e comidas típicas, o que faz do evento um agradável encontro de amigos interessados em arte e cultura, que trocam informações sobre seus projetos e produções.

SÃO TIAGO

festa de são tiago Será neste domingo, 25, o ponto culminante da festa de São Tiago de Mazagão Velho, que traz uma programação muito bonita, com suas procissões, círios, encenações e cavalhadas representativas das lutas entre mouros e cristãos.

A festa bicentenária lembra os conflitos entre portugueses e árabes na conquista lusitana da África Ocidental, a partir do século XVI. Após a expulsão dos portugueses na segunda metade do século XVIII, mais de 300 famílias que moravam em El Jadida, antiga Mazagão, no Marrocos, vieram desbravar a Amazônia. Destas, 113 se estabeleceram em Mazagão, hoje Mazagão Velho, por volta de 1770.

Se você puder ir lá, não perca essa grande encenação feita por atores populares da comunidade.

MARTON MAUÉS

marton1 O ator amapaense Marton Maués, professor de teatro da UFPA, encontra-se de férias em Macapá. Estivemos com ele no projeto Botequim na terça-feira passada, assistindo as apresentações dos artistas locais.

Atualmente Marton encontra-se fazendo o doutorado em Artes Cênicas pela UFPA, em Belém, onde goza de grande prestígio entre a classe artística e ainda tem uma ONG (grupo de teatro) que trabalha com palhaços.

ZUNIDOR

osmar_amadeu OSMAR JUNIOR e AMADEU CAVALCANTE vão apresentar o show “Sentinela Nortente” na Casa de Show Copacabana, recém-inaugurada ali onde era o Cofre do Tio Patinhas, no Centro, na próxima quarta-feira, dia 28.

Novos conselheiros de cultura tomaram posse esta semana. Vamos ver que conselhos vão dar para a melhoria do setor.

Continua saindo bem o livro “Adoradores do Sol”, deste colunista. Se você ainda não tem, adquira um exemplar na Banca do Dorimar, na Livraria Transamazônica e em outros pontos da cidade.

Acesse o blog Canto da Amazônia (www.fernando-canto.blogspot.com)

Entreouvido no Abreu: - Tu juras que eu vou pro Festival do Camarão do Afuá. Se tu que és funcionário público não tem dinheiro, imagina eu que não tenho um c... que periquito roa.

Inderê. Volto zunindo na sexta.

OITO ANOS SEM O LEO VILHENA

OLYMPUS DIGITAL CAMERA Esta crônica foi publicada no jornal “O Liberal Amapá”, logo após a morte do inesquecível amigo Leonardo de Almeida Vilhena, brutalmente assassinado em 22 de julho de 2002 em Brasília. Léo nasceu em Macapá em 06 de novembro de 1952. Era economista, professor, escritor (publicou dois livros de economia e contabilidade, os quais hoje ainda são referência de pesquisa na internet) e jornalista.

Faço questão de repeti-la aqui neste espaço, não só pela homenagem pessoal ao grande amigo, mas pelo esquecimento de pessoas que foram também suas amigas e, hoje, autoridades, não movem uma palha para dar ao Léo o seu lugar na história do nosso Estado, pelo que foi e pelo que merece, pela sua inquestionável contribuição técnica.

O TEXTO PREMIADO DO LÉO

Fernando Canto

Leonardo de Vilhena, amigo de infância e de adolescência era um exímio marchador dos desfiles do dia da Pátria. Puxava pelotão do GM como só ele. Era disciplinado e muito aplicado. Na escola, só tirava notas altas. Um grande futuro estava reservado para ele. Mesmo tímido Leonardo tinha um vasto círculo de amizades. Formou-se, à duras penas, como Bacharel em Economia e em Licenciatura em Geografia, em Belém. Trabalhou por anos com Planejamento no Governo do Amapá. Mestre em Orçamento Público pela Fundação Getúlio Vargas, tornou-se escritor e apaixonou-se pelo jornalismo. Começou novamente do zero: cursou Comunicação no Rio e foi lecionar jornalismo na UNB, onde ficou até este ano, quando viria para a UFPa.

Leonardo, o Léo, apesar de ter convivido com as tragédias de amigos, era um homem feliz. E mais feliz ficou quando ganhou o prêmio de Melhor Entrevista promovido pela Revista Imprensa, em julho de 1991. Léo publicou na Gazeta Mercantil o texto “Um Roxo não Presidenciável”, que transcreverei abaixo. Na sua dedicatória, falava que o texto era seu “primeiro prêmio jornalístico nacional”.

Da amizade das praças do Laguinho, por onde sonhamos o futuro do nosso povo, às farras no bairro do Trem, para onde se mudou com a família, até ao Rio de Janeiro e Brasília, onde nos encontramos por muitas vezes, ficou a marca eterna da admiração pelo Léo, um jornalista de talento que foi brutalmente arrebatado deste mundo, dez anos após o seu primeiro prêmio jornalístico. É inesquecível a frase que dizia à sua irmã Gracinha, quando chegávamos, a turma toda, para visitá-lo: “ - Mana, o pessoal do Laguinho tá aí”. Eis, então, o texto premiado de Leonardo Vilhena:

“UM ROXO NÃO PRESIDENCIÁVEL Já passou pela sua cabeça que existem também outras pessoas com “aquilo roxo” e que sempre vão estar no anonimato? Pois é, Severino Alves dos Santos, igualmente alagoano, garante que a cor de sua virilidade é a mesma de seu famoso conterrâneo. Só que diz isso de uma maneira diferente. Severino é poeta de literatura de cordel e assegura: “Também tenho aquilo roxo / Mas famoso não vou ficar / O meu roxo é mais humilde / Eu sei bem do meu lugar/”. Nascido há 45 anos no município de Olivença, em Alagoas, “terra dos chegantes, dos passantes, dos retirantes e dos poucos edificantes”, Severino, aos 10 anos, já estava no Rio de Janeiro, na luta pela sobrevivência. Casado com a prima Maria das Dores, 7 filhos, morando no bairro de Santíssimo, zona oeste, ex-pedreiro de construção civil, atualmente é ascensorista do Edifício França na Av. Presidente Vargas. Simpático, comunicativo, envolvente, Severino è aquele tipo “figura” que as pessoas costumam dizer: “Se você não existisse teria que ser inventado”. Para Márcio Batista, estagiário de um escritório de engenharia no 8º andar do Edifício França, o ascensorista é a sabedoria personificada. “O Sevé é meu amigão. Quando estou com problemas ele me dá conselhos muito úteis”, afirma. São conselhos, receitas, simpatias, orações, sugestões, horóscopos, opiniões meteorológicas, palavras de apoio e carinho. Enfim, o conselheiro-mor do prédio. Cláudia de Almeida, secretária no 11º, lembra que num determinado dia de verão, às duas da tarde, elevado lotado, todos calados, mal humorados, pingandos de suor. Severino arrisca: “É uma frente fria que veio lá do Ceará”. Gargalhada geral.

Apesar de ter apenas o primário incompleto, Severino se expressa com desenvoltura e com um vocabulário de fazer inveja a muito letrado. Um detalhe: é leitor assíduo da Gazeta Mercantil e discute finanças como ninguém. Cristina Toledo, economista de uma financeira no 10º andar, adora discutir novas medidas econômicas com Sevé e não lhe poupa elogios. “Ele tem um senso crítico muito apurado, é inteligente, perspicaz e de um poder de síntese impressionante”, afirma com carinho. Ainda sobre economia, Severino é fã ardoroso da ex-ministra Zélia. Admirava a personalidade forte e a coragem com que enfrentava os grandes cartéis, que segundo ele, ainda são os responsáveis pelo caos na economia brasileira. E no sobe e desce do elevador improvisa ao novo ministro: “Ministro Marcílio, eu lhe peço / Acabe logo com a inflação / O povo não agüenta mais / De tanta judiação / Vamos acabar morrendo / Todos de inanição”.

Os versos do poeta também têm seu lado erótico – quase pornô – que se manifesta às sextas-feiras, durante os chopinhos após o expediente. Aí a inspiração libidinosa vem à tona. Para aquela moça bonita que vai passando, Sevé ensaia: “Menina casa comigo / Que não morre de fome / Lá em casa tem uma pinta / Nós dois mata e nós dois come / De dia tu come a pinta / De noite o pinto te come”. A erotização aumenta na mesma proporção dos chopps tomados. Os bons companheiros das “saideiras” garantem que alguns versos são verdadeiras obras primas e que mereciam constar de uma antologia de poesia erótica. Ninguém duvida.

Mas Sevé não é nenhum Don Juan. É notória a fama de Das Dores que, discretamente, o mantém sob suas rédeas. Aliás, Severino faz questão de ressaltar que a fidelidade conjugal é uma de suas qualidades. “A patroa é a minha cara-metade, me completa em todos os sentidos”, garante.

Voltando à cor ora em moda, Severino acha que se fosse ele que saísse por ai dizendo que tem “aquilo roxo”, seguramente iria ser chamado de vulgar, grosseiro, Paraíba e assim por diante. Mas como foi “Ele” que falou, a coisa virou modismo e qualquer dia vai ser tema de mini-série na Globo. Meio magoado, de brincadeirinha avisa: “Vou deixar de ser poeta / Não vale a pena não / Se o “Homem” pode tudo / E vai pra televisão / Os meus versos so servem / Para fazer figuração / Tudo está me deixando / Sem nenhuma inspiração”.

Um “figuraço”, sem dúvida! (Leonardo de Vilhena).”

Foto do acervo pessoal de Olivar Cunha

terça-feira, 20 de julho de 2010

Da Caixinha de Comentários

celio alicio Estimado amigo Fernando Canto.

Que surpresa agradabilíssima acessar seu blog e deparar-me com um belíssimo texto (novidade!) em tons nostálgicos e preocupações preservacionstas sobre a cidade de Óbidos.

Não a conheço, mas sei de lá desde bem pequeno na medida em que minha mãe Maria Adelaide (a Dona Dedé) ali morou sob os cuidados de uma comadre de seus pais durante parte de sua adolescência.

Foi de lá, que ela rumou para cá, quando a turma dos Marinho Santos Trindade por aqui já estavam devidamente acomodados. Desde os seis anos de idade ela me conta sobre sua estadia em Óbidos, de onde, inclusive, a princípio não queria sair, pois, afinal, ela não conhecia nada sobre a Macapá provinciana e bucólica do final dos anos 1950 - ela aportou aqui em 1958 e durante cinco décadas não mas saiu a não ser para o enterro do Tio José, o Assunção dos Cometas, Marinho para a gente e que você bem conhecia, em Belém.

Nossa gênese bendita encontra-se estacionada em Abaetetuba (famosa 'Terra da Cachaça' nos tempos de outrora e, infelizmente, atual terra do narcotráfico e da prostituição infanto-juvenil. Mais precisamente do Sítio do Piquiarana, no Itacuruçá, perto do ramal do Pontilhão, a meio caminho entre Abaeté e Igarapé-Miri(m).

Contudo, sempre nutri uma estranha curiosidade por Óbidos. Um desejo explicável pela via umbilical e materna e pelo fato de ser historiador interessado pelo passado colonial de nossa região, sua historicidade, religiosidade, monumentos e partículas formadoras de nosso rico, denso, exótico e exuberante arcabouço sociocultural, sua cobertura vegetal e complexos paisagísticos. Soube pela minha Mãe e pelo Bi Trindade que suas origens são obidenses e, acredite, acabei de ver pela primeira vez imagens desta terra - belíssima por sinal - graças ao seu blog e, evidentemente, qualquer semelhança com Abaetetuba e Macapá não é mera coincidência. São glebas de um mesmo 'quintal', filhas de uma mesma mãe, gentes de um mesmo clã e amantes de um mesmo senhor.

As fortificações, o trapiche, o edifício do antigo quartel (hoje SECULT), a gente hospitaleira, a culinária pra lá de exótica e a enchente prevista e esperada (tirada de letra como você bem disse pelo povo nativo) deram-me a impressão de já ter visto o filme.

O Grão-Pará, quintal vizinho de nós separado pela geopolítica, tem uma imensidão de lugares parecidos. Adoro ouvir o mestre Nonato Leal falar da Vigia e meus sogros em Belém, lembrarem de Cametá (Velho Miguel) e Marapanin (Dona Branca Flor).

Sabe de uma coisa? Há 16 anos não vou em Abaeté, mas, no Círio nazareno vindouro darei um pulinho por lá pra abraçar a parentada. E, ano que vem, se DEUS quiser, quero ir à Óbidos. Sério. Só tem um pequeno problema: não conheço ninguém por lá, logo não tenho onde pousar. Quem sabe algum amigo de lá possa me dar uma forcinha. Que tal? Que que tu achas? Hein? Um Grande e Forte Abraço!

Imagens de Júlia

Julinha está muito longe de nós. Reside em Denver, Colorado (USA) e a saudade é imensa. Esperamos você em agosto. Mas vem, heim?!

01 039

Julinha em Niterói-RJ

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Karine, Oriana, Ana Clara, Julia e Brena.

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Julia e Bruno Mont’Alverne

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Julia e pai (eu).

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Julia no Norte das Águas com Elton e amigos.

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Julia e Sônia Canto

HPIM4554

Família reunida na fazenda dos Canto, no rio Flechal.

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Julia e presidente Lula

tio Durrado, vovo Ude e Vovo Tonio

Com tio Eduardo Canto e os avós paternos Antonio e Saúde, comemorando seu primeiro aninho. (Nem faz tanto tempo assim, né filha?).