quarta-feira, 30 de março de 2011

Égua, não. Olha!

Trovoada_1 “Tomo um banho de alho misturado com sal grosso,rezo pros meus guias…” (Verso de Tajá, de minha autoria)

Ainda não foi hoje que eu consegui defender minha dissertação ao mestrado. Desta vez foi a energia elétrica que comprometeu os trabalhos.

Foi adiada pra amanhã, 31/03, às 09h00, no Auditório da Reitoria da UNIFAP.

Que Ianejar, o deus mítico dos waiãpi, resolva parar o dilúvio do tempo de Mairi.

Imagem disponível em: www.alegacaofinal.blogspot.com

terça-feira, 29 de março de 2011

Defesa da Dissertação do Prof. Manoel Azevedo

maneca_esposa
Maneca e Ione
SARAMINDA

Será amanhã, (30), às 15h00, no auditório da Reitoria da UNIFAP,  a defesa da dissertação de mestrado do Professor Manoel Azevedo, o Maneca.

O título é Relações Interculturais entre o Amapá e a Guiana Francesa na Região do Contestado Franco-brasileiro: um Olhar sobre o Romance “Saraminda”, de José Sarney.

Maneca foi orientado pelo prof. dr. Yurgel Caldas.

Agora é pra valer.

BANNER DISSERTAÇÃOConfirmada a defesa de minha dissertação “Discursos a Fio no Curso do Rio”

Amanhã, QUARTA-FEIRA 30/03/11  Hora: 09h00

Local: Reitoria da UNIFAP.

Tem “Branca no Samba” na Casa de Choro Ceará da Cuíca

Pra quem gostou da segunda edição e esperava mais, a volta de Ana Martel com o show musical “Branca no Samba”, já tem data marcada. Acontece no dia 08 de abril, a partir de 22h30, na Casa de Choro Ceará da Cuíca.

O repertório é mesclado de composições de sambistas renomados da música brasileira e promete o mesmo sucesso dos dois shows anteriores.

Quem não viu, vai ver que nunca levou fé”, canta Ana Martel na música que dá nome ao show, uma composição de Biratan Porto, Paulo Moura e Marcelo Sirotheau.

Para completar a performance, a banda-base é formada pelos músicos Huan Moreria (percussão) Ian Moreira (contrabaixo) Higo Moreira (cavaquinho) Valério de Lucca (bateria), Mexicano (violão) e Juninho (Teclado).

Ana Martel é amapaense, começou sua carreira cantando em bares de Macapá e Belém acompanhando outros músicos ou em apresentações individuais, e neste show revela-se uma intérprete madura e antenada com o que há de novo no samba brasileiro.

Serviço:

Local: Casa de Chorinho Ceará da Cuíca

Data: 08/04/11   Hora: 22h30

Mesa: 60,00 / Ingressos na portaria: 15,00

Contatos:

Sonia Canto: 8138-9690 / 9149-9536 / 8803-8348

Assessoria de Comunicação

Alyne Kaiser: 9111-1916 / 84030400 / 81110400

domingo, 27 de março de 2011

Deu zebra!

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Fui avisado, agora à noite, que a defesa de minha dissertação foi adiada. Assim que souber a nova data, aviso a todos. :-(

sábado, 26 de março de 2011

Discursos a Fio no Curso do Rio.

BANNER DISSERTAÇÃO

É na segunda-feira (28), a partir de 09h00, no Auditório da Reitoria da UNIFAP. É um evento público. Aguardo meus amigos neste momento especial.

COLUNA CANTO DA AMAZÔNIA

GLOBO UNIVERSIDADE

tostes

Hoje às 07h00 o programa Globo Universidade, da rede Globo de Televisão, apresenta os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos pela Universidade Federal do Amapá sobre a Educação Indígena, realizados no Oiapoque.

Vai enfocar também os resultados das pesquisas feitos pelo Grupo de Arquitetura e Urbanismo na Amazônia, que já vem trabalhando há alguns anos nos municípios amapaenses, inclusive com a confecção de planos Diretores com participação popular. O grupo é formado por vários acadêmicos (professores e alunos), e é liderado pelo professor José Alberto Tostes, ex-vice-reitor daquela instituição.

ACADEMIA DE MEDICINA

O Centro de Convenções João Batista de Azevedo Picanço abrigou na semana passada a instalação oficial da Academia Amapaense de Medicina, com a posse dos seus membros. Vaz Tavares, Acelino de Leão, Diógenes Silva e Alberto Lima são alguns dos patronos que engrandeceram a medicina amapaense

O Amapá era a única unidade federada a não possuir até então uma academia médica. E foi graças aos esforços coletivos que virou realidade, tendo à frente o incansável Dr. Raimundo Lopes, merecidamente o seu primeiro presidente. Lopes goza de excelente conceito entre seus pares e é um dos decanos da medicina no Estado. Também é presidente da Academia Maçônica de Letras do Estado do Amapá.

COOPERAÇÃO CULTURAL

A Universidade Federal do Amapá e a Secretaria de Estado de Cultura preparam um Termo de Cooperação Técnica, pois pretendem trabalhar conjuntamente em várias áreas do conhecimento, sobretudo nos segmentos histórico, museológico, arqueológico e de artes visuais.

De acordo com o professor João Batista Oliveira, “o estado vai utilizar equipamentos e professores da UNIFAP, visando contribuir para o desenvolvimento do Amapá na área cultural”. O acordo vai ser assinado nos próximos dias entre o reitor José Carlos Tavares e o secretário-cantor Zé Miguel.

DANIEL DE ANDRADE

cacique uaiuai - waiãpi foto daniel de andrade simões

O fotógrafo Daniel de Andrade Simões mandou à coluna outra foto do cacique Waiwai, tirada por ele em 1991, quando morou em Macapá. Nela, o premiado artista da imagem diz que o velho cacique “não mais nos segue com os olhos, pois voltou para as terras dos Waiãpis”. Certamente Waiwai tem com encontro na floresta com seu heroi mítico Ianejar, que foi cantado por milhares de pessoas no desfile vencedor da Beija-Flor, em 2008, quando a escola homenageou no carnaval do Rio de janeiro Macapá nos seus 250 anos. Daniel morou no Chile, Moçambique e na Europa, antes de voltar ao Brasil, após o fim da ditadura. A sua foto do cacique incomoda bastante, pois o fotografado em sua alma tem um olhar olhaivo, zâimbo, olhorridente. Parece uma entidade lançando raios e ao mesmo tempo magnetizando o olhar dos olhares olhizainos, olhizarcos.

COOPERAÇÃO ACADÊMICA

O professor Manoel Pinto, que faz pós-doutorado na Universidade da Guiana Francesa, manda dizer que no dia 14 de abril haverá uma defesa de dissertação e duas qualificações do mestrado em Desenvolvimento Regional no campus do Oiapoque, com professores do IRD, CNRS e UAG, que comporão as bancas.

Os trabalhos se referem à fronteira entre o Amapá e a Guiana Francesa. Para Pinto, agora se pode dizer que a cooperação acadêmica entre França e Brasil (na fronteira) saiu do papel e da política.

ZUNIDOR

O Marabaixo dos negros amapaenses só começa dia 24 de abril, no Domingo da Páscoa ou da Aleluia, mas já se ouvem os tambores lá pelo Laguinho.

 
olivar cunha

No dia 31 quem troca de couro e de idade é o pintor e amigo Olivar Cunha, que tem um invejável currículo nas artes plásticas pelo Brasil afora. O. Cunha mora na grande Vitória-ES, onde atua como artista e restaurador de igrejas e de imagens sacras. Vida longa, brother.

 

No dia 31 também se comemorava a “revolução de 64”, o golpe dos militares que se prolongou na obscura ditadura de 21 anos.

 

O Museu Universitário vai ser criado e será interligado com o Centro de Arqueologia da UNIFAP, atualmente coordenado pelo professor Edinaldo Nunes.

 

Dia 21 foi o dia internacional da síndrome de Down.

 

Começa a movimentação para a eleição da Liesa. Vicente Cruz, dos Boêmios, pretende disputar a presidência. Será que haverá desfile das escolas de samba no ano que vem? - KKKKKKKKK, já se esbaldava São Tomé, no meio do deserto.

 

Fiquei sabendo há poucos dias, pelo Toninho “Cerezzo”, do falecimento do meu amigo Chico Paes Barreto, que morava em Laranjal do Jari, onde seu pai, Orlando, foi um poderoso exportador de castanha-do-pará. Chico foi um dos caras mais legais que conheci em Belém, quando cursava a UFPA, na década de 70. Meus pêsames à família.

 

Depois de um mês enclausurado, aporrinhado porque não teve o desfile das escolas de samba, Zé ramos apareceu no bar Calçadão e foi logo apelidado de “Governo”. Os gozadores laguinenses explicaram que ele estava “transparente, quase invisível”.

 

Segunda-feira será minha defesa de dissertação de mestrado, que fala em discursos sobre a Fortaleza de São José de Macapá, a partir das cartas dos construtores até a literatura, a arte e mídia contemporânea. Espero mandar bem.

Inderê! Volto zunindo no sábado.

domingo, 20 de março de 2011

Os Olhos do Cacique aos Olhos de Daniel no Lago dos Leões

cacique waiãpi Cacique Waiãpi (Foto: Daniel Andrade/Gaia, 1991)

Os olhos do cacique Waiwai me incomodam, amiúde, ali naquela parede. São olhos fixos de uma entidade captada por outra por meio de uma máquina enfeitiçada; olhos brilhantes, às vezes zâimbos, olizarcos, quando não olhorridentes que me fitam e que me sondam, cobrando uma atitude incompreensível, considerando a hipótese de eu ter em mim um certo percentual de sangue indígena.

Eles me acompanham ao movimento fugitivo desta sala. Olham-me nos olhos - olhiagudos – e, olhizainos, se voltam ao nicho dimensional desse retrato.

Eu absorvo a tese de que um olho é uma voz silente/ que traz o ralho do mundo./ Astro cintilante/ caverna que abriga enchentes./ Enchente só de quebranto/ memória de um rio de gente./ Imagine a hora do click,/ quando o tempo parou no próprio tempo,/ mas não capturou só a alma do vivente./ Trouxe imagem, forma e jeito/ que desmonta o mundo.

O homem arrebatou-lhe a alma e a encarcerou num caroço de tucumã, onde vivem os males do mundo; prendeu-a na caixa pandemônica - pandoriana morada de palavras e de imagens nascituras. Ah, ali o índio envidraçado se revolta e pede uma saída para a quarta dimensão: largura, altura, densidade e espaço/tempo indissolúvel do andar da Via – Láctea. O cacique encarcerado sabe as voltas do tempo em espiral, de sua história circular no tempo mítico.

Mas seu apelo morre no franzir da testa.

De onde vem, então, essa intenção anormal;/ obscuro intento de raptar dentro de dentro;/ maligno destino planejado há séculos,/ quando a ordem formal era obedecer a lei?/ De onde vem a lida da vindita/ escrita pelas mãos dos homens?/ Olho por olho, armas compulsórias de luta atrozes?/ De onde se origina a captação da alma pura?

De um cemitério de imagens, talvez, tu me respondes. De um sufoco de calor – brasa nos pés, fornalha babilônica sete vezes mais ardente, onde três caldeus renitentes condenados cantam. E os servos do rei alimentam o forno com a mais grossa veia do betume, com estopa, pez e feixes de videira. E a labareda se levanta quarenta e nove côvados acima da casa de fogo insólito. E já entre nós, dizem os três homens incólumes, não há príncipe, nem há capitão, nem profeta, nem holocausto, nem oblação, nem incenso, nem lugar em que te ofereçamos nossas primícias (Quem narra é testemunha aflita do tempo de Nabucodonosor).

Mas de onde se origina a retenção da alma pura?

De um sonho interpretado, talvez, eu te respondo. Em uma cova de um lago povoado por leões, selado pelas pedras e por anéis de poderosos, onde por duas vezes as feras não te atacam. E ali tu te alimentas do pão inesperado. E vês nascer em ti a visão das quatro bestas, a imagem das alimárias do destino apocalíptico, dois mil anos antes de João, dois mil depois de João (E é a tua biografia que conta).

Um olhar me sonda. Mira-me em certeiro alvo: os olhos meus. Oulhar/aolhar/Oolhar. Ourolhar. Cercado de tranças e colares sobre a pele rija, aureolado de diadema de penas coloridas, imagino eu, no meu delírio em preto-e-branco. E o índio ali. Fixo. Olhar atônito. Envidraçado na parede da sala.

Waiwai é o próprio Ianejar a caminho das estrelas contando sua viagem para além da borda do final do mundo, onde mora acompanhando as borboletas, panãs desfalecidas em seus casulos.

Waiwai é quase um herói, um deus como Ianejar, que se desespera e pede a Ianejar os cataclismas. Novamente o fogo se espalha na floresta. É uma fornalha viva fora da grande casa de barro - Mairi. Olhem, olhem: quarenta e nove mil côvados de altura para além das maiores samaumeiras, as labaredas.

Depois vem o dilúvio lavar as cinzas dos desejos, do medo e da mudança. E Mairi, a casa de argila, sobrevive ao fogo e ao frio e aporta sobre as águas caudalosas do Grande Paraná, onde os ancestrais dos waiãpi se salvam para contemplar um novo e espiralado tempo. Tempo que virá. De novo.

Ah, mas os olhos do cacique ainda me sondam. Fitam-me de fato. Eivados de líquidos diluvianos e de cataclismáticas centelhas de um dia, que por serem opostos se respeitam, se atraem e se anulam, se amam e se desprezam;fugazes-duradouros / descartáveis-necessários/; olhinegros/olhialvos. Olhos envidraçados, quintessenciados na imagem como os leões da cova do lago aos olhos de Daniel. (Texto de Fernando Canto)

É BIG! É BIG Valério de Lucca e Paulinho Queiroga

valério e paulinho Parabéns aos percussionistas Valério  de Lucca e Paulinho Queiroga que aniversariam em 19 de março, junto com a Fortaleza de Macapá.

COLUNA CANTO DA AMAZÔNIA

Publicada no jornal Tribuna Amapaense de 19.03.11

229 ANOS DA FORTALEZA

fortaleza A Fortaleza de São José de Macapá completa hoje 229 anos de fundação, fato ocorrido com a presença do governador da província Fernando da Costa de Athayde Teive, em 1764

Uma grande programação constituída de palestras e exposições vai acontecer no período das comemorações no local.

O monumento representa a gênese da cidade de Macapá e foi por sua causa que ela conseguiu sobreviver, em que pese a igreja de São José ser o mais antigo prédio (hoje completamente modificado) que ainda resiste.

FERIADOS NA COPA DO MUNDO

A Lei Geral da Copa, atualmente em discussão no Ministério do Esporte, pode permitir que a União decrete feriados exclusivos para a Copa do Mundo de 2014. A medida ainda passa por ajustes para então ser enviada ao Congresso Nacional. Caso aprovada, a permissão valerá também para os Estados e municípios que serão sedes de partidas do próximo Mundial.

De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, o texto da Lei Geral da Copa destaca ainda que o Brasil terá de assegurar visto de graça e em caráter prioritário para visitantes estrangeiros que já tenham ingressos ou confirmação de compra de bilhetes dos jogos da Copa no momento da solicitação de entrada no país.

TRANSMISSÃO DAS IMAGENS DA COPA

O Executivo Federal negocia uma série de regras novas para a realização do Mundial no Brasil, dando superpoderes à Fifa, dona do evento. As negociações em torno da medida provisória só não foram concluídas ainda porque o Ministério do Esporte tenta convencer a Fifa a flexibilizar os critérios de transmissão das imagens das partidas da Copa do Mundo.

A ideia é permitir que as emissoras que não comprarem os direitos de veiculação da Copa possam mostrar até 3% do tempo total dos jogos em programas jornalísticos. De acordo com a Folha de S. Paulo, um encontro está marcado para o fim deste mês para debater pontos sobre os direitos de transmissão do evento. A TV Globo já comprou da federação essa exclusividade (Fonte: Uol esportes).

RAMBOLDE 30 ANOS DE CARREIRA

ramboldecampos O cantor e compositor Rambolde Campos vai comemorar seus 30 anos de carreira artística em alto estilo. Brindará seus fãs com um álbum duplo com 30 músicas que marcaram suas atividades musicais e mais dez músicas do novo CD.

Entre elas os sucessos Arraial do Quero Mais, Andaluzia, Me dê Um Cheiro, Dentre Todas Capitais e Nos Passa a Vida. Todas de sua autoria ou feitas em parceria com importantes compositores locais e nacionais, como Osmar Jr., Sivuca e Sabino do Acordeom.

PINGARILHO

Com um orçamento de um pouco mais de 4 milhões e duzentos mil reais a SEDEL já o tem quase todo comprometido e vai continuar com dificuldade até a suplementação orçamentária, no segundo semestre.

Ao secretário Luís Pingarilho resta agora buscar novas alternativas, como se voltar para projetos a serem realizados através da Lei de Incentivo ao Esporte. Pode parecer estranho, mas no dia 06 de abril o secretário comunista (PC do B) reúne com os empresários locais para mostrar as vantagens do capitalismo nessa área. Ele diz que vai usar todos os meios para dinamizar o esporte.

CENTRO OLÍMPICO

Amigo do ministro do esporte Orlando Silva, Pingarilho informa que o mesmo vem à Macapá em abril para inaugurar o projeto “Segundo Tempo”, que objetiva promover aqui na capital o esporte com crianças e adolescentes na área do estádio Zerão, que já atende 400 crianças.

Sem perder tempo Pingarilho já se articulou com a UNIFAP para que a mesma viabilize, em conjunto com a Secretaria, a criação de um fórum de discussão sobre a realidade esportiva local e suas necessidades; capacitação técnica para seus professores e estágio para alunos do curso de Educação Física. Além disso, foi pensado um ambicioso Centro Olímpico na área física da UNIFAP, para que possa atender 12 mil crianças e adolescentes da área periférica à Universidade.

ZUNIDOR

sebastião montalverne Hoje, dia de São José, é aniversário do José Sebastião Mont’Alverne. Grande instrumentista, que tocou nos “Cometas” e acompanhou inúmeros ídolos da música popular brasileira que passaram por Macapá. Parabéns ao nosso Zeca.

Hoje também tem Clube de Cinema, às 18h30 no auditório do MIS e “Cinemando na Amazônia” às 19h no Centro de Convivência do Nova Esperança. Mais informações: www.fimdecinema.blogspot.com.

Dona Nilza, antiga funcionária do Campus Marco Zero está inconsolável. A carrocinha da PMM foi lá e levou todos os cães que há anos ela alimentava.

Peço formalmente minhas sinceras desculpas ao colegiado do curso de mestrado em Desenvolvimento Regional da UNIFAP por ter colocado nesta coluna em edição passada, um informe em que usei o termo “os professores orientadores”, como se todos fossem farinha do mesmo saco. Não são. Todos os professores que ali tive são excelentes, e me ensinaram a ter uma nova visão sobre a ciência e sobre a Amazônia. Agradeço a todos eles eternamente.

Associação Cultural Amigos do Laguinho promove o Pagode Vip, dias 02 de abril, na UNA, com o grupo Sensação do Samba e Vaguinho e Banda./Inscrições abertas até 05 de abril para a I Semana de Zoologia de Ciências Biológicas da UNIFAP- caminhos para a conservação da biodiversidade. Inf: sezoo.unifap@hotmail.com .

Inderê! Volto zunindo no sábado.

terça-feira, 15 de março de 2011

Branca no Samba, no Ceará da Cuíca

ana_dvd amcap[4]Ana Martel apresenta a terceira edição do show musical “Branca no Samba”, no dia 08/04/11, a partir de 22:30h, na Casa do Chorinho Ceará da Cuíca.

segunda-feira, 14 de março de 2011

COLUNA CANTO DA AMAZÔNIA

Publicada no jornal Tribuna Amapaense de 12.03.11

MOVIMENTO EM AÇÃO

O radialista Heraldo Almeida anuncia que o seu badalado programa “Movimento em Ação” está de volta, agora pelas ondas da Rádio Diário FM, entre 16 e 18h00 de segunda à sexta-feira.

O programa vinha sendo apresentado até meados de setembro do ano passado quando saiu do ar por motivos até hoje não esclarecido satisfatoriamente. Sabe-se, porém, que era um combativo baluarte da cultura amapaense, principalmente na divulgação da música e do carnaval. Agora o radialista anda feliz da vida e promete retomar a sua missão cultural e ao estilo próprio de fazer rádio que já conta até com imitadores dos seus jargões.

FORUM DE LICENCIATURAS

A Pró-Reitoria de Ensino de Graduação da UNIFAP está organizando o Fórum de Licenciaturas para os dias 29 e 30 de março. O objetivo do projeto é fazer a discussão e de um projeto único na formação de professores, que será aberto a todas as Instituições de Ensino Superior que têm licenciaturas

De acordo com o pró-reitor, professor Oto Petry, esta é uma preocupação nacional que vem sendo deflagrada em vários estados da federação, inicialmente com licenciaturas, visando um Fórum permanente. O próximo passo será os bacharelados.

MAIS VERBAS PARA A EDUCAÇÃO

O professor Oto também informou que a SUFRAMA já sinalizou à UNIFAP o repasse de recursos de um milhão de reais para aplicar em três ações básicas na área da educação.

A primeira delas será a expansão do CPV, antigo CPV Negros - Curso Pré-Vestibular para negros e pessoas carentes - para outras áreas da cidade como o bairro Central e o Santa Rita. Os alunos que entram na Universidade depois de fazerem o CPV jamais desistem do curso que escolhem, e isso é uma vantagem para a instituição. A segunda é a Escola da Música (para alunos da comunidade amapaense) e a terceira ação é a da Inclusão Digital.

IRREVERÊNCIA

Depois de muitos anos sem ganhar o carnaval, finalmente o Bloco Kubalança do Morro do Sapo – bairro do Laguinho ganhou uma. E ocorreu em um período de mudanças na diretoria do bloco e da Liga dos Blocos, a LIBA.

O enredo foi o desfile temático dos 25 anos de fundação do Kubalança, ocorrido em 1986, após o Brasil perder a Copa, acho que do México. A galera desfilou pelas ruas do bairro tocando instrumentos de percussão e cantando a marchinha em que o “Brasil vai lançar foguete/ Cuba também vai lançar”.

IRREVERÊNCIA 2

Após a apuração no sambódromo o bloco foi comemorar na sede provisória na casa do presidente Badi, na Rua São José, onde os brincantes organizaram uma passeata pelo bairro.

O Kubalança é o único bloco que homenageia os habitantes mais expressivos da cidade pelas suas histórias engraçadas, mas com uma pitada a mais de irreverência, cantada nas marchas e frevos que caracterizam a entidade. Este ano levou para a Avenida Ivaldo Veras o Astronauta do Laguinho, o Plãplãplã, o Psiu, o Mirraiguei, a Marrie Piçarrê, o Cabeça de Martelo, a Nega Buluca e a Mansuda, entre outras personagens que já fizeram a alegria do carnaval da cidade. A marchinha é de autoria de Jorginho do Cavaco e Heraldo Almeida.

ZUNIDOR

A Confraria Tucujú vai realizar o I Festival de Ladrão de Marabaixo. Comunidades quilombolas se preparam para fazer novas músicas. O repertório folclórico precisa ser renovado.

Professora Socorro Santos, nova diretora do Instituto de Música Walkíria Lima, encontrou o órgão totalmente sucateado. Todos os instrumentos precisam ser trocados ou consertados. O prédio da escola da Praça da Bandeira está com as obras paralisadas há mais de dois anos.

Anda circulando na Internet um texto de um engenheiro chamado Ricardo A. Antas acusando a Herbalife de fazer “lavagem cerebral” com seus clientes e representantes. O e-mail diz que um site americano anti-herbalife a define muito bem como “armadilha emocional e financeira”

Este fim de semana o Teatro das Bacabeiras comemora os seus 21 anos de inauguração com vasta programação cultural desde ontem. Estão agendadas palestras, projeção de filmes e debates, além de outras atividades.

Há uma tendência nacional para que 100% das vagas ofertadas para 2013 sejam preenchidas pelos alunos do ENEM.

O cantor e compositor Osmar Júnior, que está na expectativa da chegada do DVD “Piratuba, a cantoria no lago”, exibe toda sexta-feira no canal 24, às 15h00, o programa “Coisas Tucujus”, onde faz entrevistas com músicos da terra. Ontem foi a vez do cantor Val Milhomem, que anda meio desaparecido dos palcos.

Alô, alô, Carolina Flor, perdi seu endereço eletrônico. Por favor, mande-me de novo. Terei satisfação em responder suas perguntas.

A festa de carnaval dos meus netos foi muito legal.

Vai um É Big! Para a Cristiana Mont’Alverne, mina nora, que aniversariou semana passada.

Parece que o carnaval de Santana afetou os promotores do carnaval de Macapá. O sucesso de lá bateu no fracasso daqui? A economia do carnaval que é da ordem de quase 9 milhões foi afetada. Essa grana deixou de circular pela ausência do desfile das escolas de samba, segundo economistas tucujus.

Inderê! Volto zunindo no sábado.

sábado, 12 de março de 2011

Tsunami no Pacífico

Nasa divulga primeira imagem do Japão após terremoto e tsunami

Imagem do satélite de observação da Terra, da Nasa / Foto: Reuters

A Nasa (agência espacial americana) divulgou neste sábado a primeira imagem do Japão após o país ter sido atingido por um terremoto e uma tsunami. A fotografia feita pelo satélite de observação da Terra mostra a região de Sendai inundada e devastada pela onda gigante que destruiu a costa japonesa na sexta-feira.

Abaixo, duas imagens capturadas pela Nasa mostram a região de Sendai antes e depois do terremoto. A primeira foi feita ainda no dia 11 de março e, a segunda, neste sábado.

Foto: Reuters

A tsunami foi provocada por um terremoto com magnitude de 8,9 graus na escala Richter, o maior registrado na história do país. O epicentro do tremor foi localizado a mais de 20 quilômetros de profundidade e a 130 quilômetros a leste da cidade de Sendai. Abaixo, mais uma imagem do Japão capturada antes da tsunami.

Foto: Reuters

TERREMOTOS E TSUNAMIS

Texto publicado em nov/2007

Em julho de 2004 publiquei o livro “Eqüino Cio – Textuário do Meio do Mundo”, pela editora Paka-Tatu, com comentário crítico do professor da Unifap, e agora doutor em Letras, Yurgel Caldas. Reproduzo aqui seus escritos sem a menor obliqüidade que “O livro nos traz uma literatura transformadora, não apenas pelo caráter formal dos textos, onde muitos deles permitem entradas e saídas alternativas, mas sobretudo porque o estado líquido vai ganhando corpo, e enquanto tal experimentamos os traçados tortuosos dos rios e a típica inconstância de sua constituição. Transformação, mutação, enchente, vazante: palavras que fluem e escorrem, que lavam e levam...”

A água, como a neve para os escritores nórdicos ou a areia para os árabes, é a verdadeira condição da Amazônia: um vale espremido pela opressão geológica dos planaltos, uma planície gigantesca em formação de milhões de anos onde milhares de rios cruzam e pagam seu tributo ao maior deles, o Amazonas. Um lugar abençoado por ter 1/5 da água potável do planeta e que a cada dia ganha mais importância estratégica, uma vez que nos próximos anos 52 países, que representam cerca de 50% da população mundial, sofrerão com a escassez de água. Uma terra de proporções gigantescas, porque possui 2/3 dos recursos hídricos-energéticos do país e que o grande Rio que contemplamos todo dia, despeja 220 mil metros cúbicos de água por segundo no Oceano Atlântico, e adentra quase 500 quilômetros levando sedimentos e sais minerais que enriquecem a cadeia produtiva. Uma zona de floresta tropical inigualável que vem continuamente sofrendo devastações que mudam o seu clima e lhes comprometem no todo. São muitos os nossos problemas. E não podemos nos omitir de participar de campanhas que os minimizem e que sirvam para melhorar a vida de nossa população. Mas da mesma forma como a água serve para propagar a cólera e a dengue ela existe na vida do amazônida como uma bênção, a qualquer hora: no banho, na comida, na chuva e na lágrima.

Então, vejo que pela desgraça, começamos a nos convencer da importância da água pra valer. A chuva de granizo do Oiapoque é água dura. E não deve ter sido essa a primeira vez. Oiapoque se situa entre o mar e serras, e pertence ao platô das Guianas. È uma das maiores densidades pluviométricas do Brasil. Não vejo mistério nisso com meus olhos de leigo, mas sinto a água como condição impregnada da vida regional.

Agora a natureza nos prega uma peça geológica: um pequeno terremoto que causou pânico no centro da cidade, com pessoas correndo das repartições públicas e bancos, gritando com medo do fim do mundo. Exageros à parte o fenômeno ocorreu no mar do Caribe e foi sentido entre nós, a milhares de quilômetros de distância, insinuando também que as ondas de um abalo sísmico podem chegar até nós de uma hora para outra.

O crítico Yurgel Caldas informa ainda que “para os antigos poetas celtas, a água era o espaço e o meio de revelações proféticas, a pororoca, em suas idas e vindas, acaba assumindo {no livro} estatuto de ‘tsunami amazônico”. {Nesse texto} “Fernando aponta esses caminhos sobre as águas, não como princípio do fim ou algo meramente apocalíptico, mas enquanto ablução, isto é, como ritual de purificação (e porque não dizer transformação?) através da água”.

“Tsunami Amazônico” se reporta a um tsunami que destrói Macapá no futuro, após um choque de placas tectônicas no Atlântico, gerando um maremoto e consequentemente ondas gigantescas. Foi escrito em 2001, mas lembro aos leitores que o fenômeno ficou conhecido no Natal de 2004, quando matou mais de 300 mil pessoas na Indonésia.

tsuNAMi amaZÔNicA

RIO_AMAZONAS Três dias após a morte de F.C. eu soube da notícia alvissareira: o rio voltava a encher. Devagar, mas voltava. Os habitantes que restavam na cidade já sorriam com grandes esperanças.

Até então ninguém sabia as causas que fizeram o maior rio do mundo em volume d’água se afastar tanto do seu leito natural. Os cientistas se contradiziam, ecologistas acusavam os governos dos países ricos e o povo alimentava superstições e castigos misteriosos de diversas deidades. Mas o certo é que as marés que por aqui chegavam ficavam muito além do trapiche. Tudo acontecera tão rapidamente que os ariscos mergulhões tiveram que virar comida e as andorinhas, tão sinceramente nossas, desapareceram. Quem diria! A praia de mangue da antiga beira-rio parecia um cemitério de pequenas embarcações. Houve emigração em massa e a economia da região despencou. Sobrevivíamos com doações.

A cidade evaporava. Era um deserto em consumição. Suava com o calor assassino. Só melhorou quando F.C. convocou extraordinariamente a Assembléia Legislativa e apresentou Projeto de Lei que invertia o horário de funcionamento de trabalho e de todas as atividades oficiais: todos trabalhariam à noite e descansariam de dia. Naturalmente que tudo fora regulado, inclusive os plantões. Apesar de polêmica, fora a decisão mais sensata, principalmente no que se referia à energia, visto que as cabeceiras dos rios das hidrelétricas estavam secando.

As mudanças climáticas eram rápidas. Ninguém nos explicava nada, as notícias sobre o assunto eram desconexas, fugazes.

Foi no domingo que eu senti o nó no peito e o pressentimento de algo terrível: liguei o rádio e ouvi que um tsumani, onda gigante, aproximava-se do litoral a uma velocidade crescente; que se separara em duas ao bater na costa oriental da ilha de Bailique. Uma seguia, destruindo as pequenas ilhas do arquipélago e outra deslizava rumo a Caviana. A primeira ganharia mais força e se somaria à pororoca, correndo mais rápida ainda em nossa direção. Já tinha uns cem quilômetros de extensão e vinte metros de altura. Em poucas horas chegaria em nossa vulnerável cidade.

Fomos alertados e preparados pela Defesa Civil e pelos Bombeiros. Quando ela se anunciou, barulhenta e avassaladora, ainda deu para vê-la alta, acima das ilhas do outro lado do rio. Segundo o rádio ela media em torno de sessenta metros de altura. Era um ser estranho vindo guerrear e destruir. Chegou veloz e mortal com seu companheiro vento, rebentando o que era fraco e lavando praças e edifícios.

Até que as mortes não foram muitas. A maioria acreditou na ciência e nas informações maciçamente veiculadas.

Mas a cidade ficou suja e caótica. Só alguns grupos de estudantes se divertiam colhendo os peixes oceânicos que se debatiam nos lagos formados com a intempérie. Tudo era novidade. Mas já se falava em reconstrução.

O fluxo-refluxo da tsunami fez o rio encher e ficar agitado, cheio de ondas, cheio de vida. Sua água agora é salobra e de tonalidade esverdeada. Disseram-me que só daqui a dez ou vinte anos ele voltará ao que era.

Já dá para ouvir o grito das gaivotas, a silhueta dos mergulhões em formação de flecha e uma nuvem de andorinhas bailando ao pôr-do-sol do equador. Parecem cavalos alados à procura do Olimpo.

Publicado no livro “EquinoCIO – Textuário do Meio do Mundo. Paka-Tatu. Belém, PA. 2004.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Heraldo Almeida de volta ao rádio.

fotos_arte copy O retorno do Programa Movimento em Ação, com apresentação do Jornalista Heraldo Almeida será no dia 14 de março, na rádio Diário FM 90,9, das 16 às 18h, de segunda à sexta-feira.

O Programa retorna com a mesma receita que o tornou lider em audiência no ano passado, muita música regional, informação, agenda cultural, entrevistas com os artistas de todos os segmentos artisticos e culturais, carnaval, quadra junina, marabaixo, batuque, teatro, afro, dança, canto, artes plásticas, pesquisa, poesia, literatura, movimentos populares, cultura de massa, etc.

O Programa é uma realização do Instituto Sócio Cultural Movimento Vento Norte, cujo presidente  é Vicente Cruz.

quarta-feira, 9 de março de 2011

CARNAVAL, O ESPELHO INVERTIDO

DSC_4669O brasileiro faz festa para tudo, sempre arranja um motivo para comemorar. Mas é no carnaval que ele festeja a si próprio, pois quando isso acontece emerge claramente a velha idéia de que a festa representa uma memória e uma comunicação expressa por mensagem, no dizer do antropólogo Carlos Brandão. E se nos festejamos estamos cerimonialmente separando aquilo que deve ser esquecido (o silêncio não-festejado do cotidiano) e aquilo que deve ser resgatado. Quando nos festejamos somos convocados à evidência, para sermos lembrados por algo ou alguém, o que significa darmos sentido à vida, através de ritual na brevidade de um momento especial em que somos anunciados com ênfase. Aí nos tornamos símbolos, porque a sociedade festeja alguém que transitou de uma posição a outra ou migrou de trabalho ou de seu espaço de vida para outro.

Quando alguém, independentemente da mídia, tem seus quinze minutos de fama, pode estar solenizando uma passagem ou comemorando sua própria memória. A festa quer ser a memória viva dos seres humanos. A cada ano eles renovam essa catarse ao brincarem com os sentidos e os sentimentos, e então inventam situações onde a cultura nacional evidencia uma permanente vocação de investir no exagero, na critica e até na caricatura. Ali a oculta e difícil realidade surge epifanicamente revelando o que os indivíduos querem, fantasiados ou não, sóbrios ou loucos, juntos ou conflitantes, mas festejando o que são com suas angústias e significados.

No carnaval os atores sociais saem da rotina e forçam ao ritual da transgressão, saindo de si mesmos no breve ofício de inverter o que são. Alguns estudiosos como Da Matta e o próprio Brandão chamam isso de espelho invertido do que é socialmente esperado: pobres se vestem de príncipes, os nobres de índios, os homens de mulheres, as mulheres viram fadas e os bandidos querem ser heróis. Condutas se ultrapassam e se comemoram no ritual de si mesmo no carnaval.

Mas não é o objetivo deste artigo fazer uma análise mais acurada do carnaval. Ele, o carnaval, vai muito além do seu significado sociológico. E como cultura, qualquer mecanismo inerente a ele traz uma dimensão que nos permite o mais profundo pensar ou o maior desprezo, ou mesmo valorizar a velha preguiça ancestral indígena que dá depois da farra.

Todos sabem que o carnaval, enquanto evento tem vários conceitos e facetas. O significado de sua origem se perde nas trevas do tempo. Escritores autorizados dizem que ele surgiu nas orgias pagânicas do Egito e da Grécia, ou nas bacanais de Roma, realizadas em dezembro. Ele seria, então, apenas a reprodução em sentido mais moderado das festas lupercais, saturnais e bacanais que a história registra com abundância de informações. Não parece haver dúvidas, segundo Jorge de Lima, que o carnaval, assim como o teatro, nasceu da religião. Do italiano carne vale, é o tempo em que se tira o uso da carne, pois o carnaval é propriamente a noite antes da quarta-feira de Cinzas..

Para alguns é apenas uma caricatura que se faz da realidade e das pessoas, mostrando seus defeitos de forma burlesca, com imitação cômica. A meu ver, entre tantas hipóteses do que pode ser o carnaval, fico com esta que é completamente inusitada. Certa vez ao tocar um antigo samba-enredo de uma escola do Rio, num banquinho em frente à casa de meus pais, no Laguinho, iniciei a música no cavaquinho e cantarolei: "O carnaval é a maior..." Quando fui bruscamente interrompido pelo vizinho e amigo Nonato Bufu, que completou: "...caligrafia", no lugar de "caricatura". Rimos na hora, mas hoje eu entendo que também nós somos responsáveis em escrever à mão com a nossa própria letra a história do nosso carnaval, inclusive com as alegrias e dores que porventura se fizeram presentes nas nossas vidas.

Publicado em “Adoradores do Sol – Noo Textuário do Meio do Munto” , Scortercci. São Paulo, SP. 2009.

Imagem by Chico Terra, disponível em: https://picasaweb.google.com/ChicoTerra.ap/EABandaPassou#5581837986632308130

É BIG! É BIG! Thomé Azevedo

thome Muitas felicidades ao meu amigo Thomé Azevedo que aniversariou no dia 08/03. Comemorou no bloco “A Banda”.

É BIG! É BIG! Samuel Exandro

samuca Parabéns ao amigo, quase sobrinho, Samuca que fez aniversário no dia 06 de março.

COLUNA CANTO DA AMAZÔNIA

Publicada no jornal Tribuna Amapaense de 05.03.11

CAMPUS BINACIONAL

oiapoque O Campus Binacional Brasil/França na fronteira do Oiapoque, que o ex-presidente Lula concebeu para ser a Universidade da Biodiversidade, vai se tornar realidade brevemente. A UNIFAP já disponibiliza de 6 milhões e 700 mil para aplicar na construção de um prédio com salas de aula e em equipamentos naquele município. O edital será lançado ainda em março.

Está em discussão no MEC o concurso para a contratação de cerca de 250 professores e técnicos, dentro da proposta dos 48 milhões de reais que o governo brasileiro se comprometeu em investir. Serão oito cursos a serem criados dentro das necessidades e interesses da fronteira dos dois países. O campus funcionará no Oiapoque e em Caiena e serão verdadeiros laboratórios científicos de pesquisas amazônicas.

250 ANOS DA CATEDRAL VELHA

igreja_saojose (4) Amanhã, dia 06, a igreja de São José de Macapá faz 250 anos de inauguração. Haverá uma modesta programação religiosa feita pela diocese e pela paróquia, que consiste em missas e procissão, bem diferente do que o ex-pároco padre Aldenor Benjamim havia planejado para a data.

Padre Aldenor foi substituído e agora ajuda os paroquianos do bairro do Trem, na Conceição. Paralelamente exerce a função de professor do curso de Comunicação e de diretor de ensino da PROGRAD/UNIFAP. Acho que esse foi o motivo do seu afastamento da paróquia de São José.

LANDI

Galluzi e Sambuceti_Ricardo Fontana De acordo com Riccardo Fontana, que escreveu um livro sobre os arquitetos italianos na Amazônia, o projeto de construção (iniciada em 1761) da igreja de São José de Macapá é de autoria de Antonio José Landi, considerado o “Arquiteto de Belém”, onde projetou e construiu belos prédios, como a igreja das Mercês, o Palácio dos Governadores, a igreja de Sant’Ana, entre outros.

Particularmente acho isso improvável, posto que na sacristia da igreja há um croqui da igreja feita por um engenheiro militar português (séc. XVIII). Com a palavra os historiadores.

UEAP NÃO É REGULARIZADA

ueap Pelo jeito os alunos da UEAP que têm a previsão de colarem grau no primeiro semestre deste ano não vão ter seus diplomas válidos. A direção da IES descobriu que não é credenciada junto à Secretaria de Regularização e Supervisão de Educação Superior do MEC. E por não ser regularizada, os cursos não podem ser reconhecidos. Então vai ser preciso muito trabalho para pôr a situação em dias.

Por não fazer parte do Bando de Dados de acesso ao Ensino Superior, os alunos não podem participar do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - ENADE, e nem a Universidade do Sistema Nacional de Avaliação de Educação Superior – Sinaes.

Muitos alunos já realizaram até ciclo de TCC. E aí? Como é que fica?

PESCADORES E PESCADOS

O Secretário Nacional da Pesca no Amapá, Ricardo Ângelo, vem encontrado muitas dificuldades para organizar o setor no estado. As condições técnicas e humanas que o órgão possui para fiscalizar o litoral e outras áreas de atuação da pesca são mínimas, melhor dizendo, insuficientes para conter o problema de contrabando e de cadastro dos pescadores, principalmente no período em que a pesca é proibida por lei.

Nesse período cada pescador recebe R$ 2.016,00 reais do Governo Federal para não fazer nada, e já foram descobertos mototaxistas e até empregadas domésticas cadastrados como pescadores. Pior: o sistema capitalista (privado) de “incentivo” ao pescador no litoral é primitivo. É espoliativo e se assemelha ao aviamento, dos primeiros tempos da exploração da borracha.

MAIORIDADE EDUCACIONAL

unifap_jan08 (29) O dia 02 de março foi marcado com uma manifestação religiosa e cívica no prédio da reitoria da UNIFAP. Os diretores, professores, técnicos e alunos comemoraram os 21 anos da inauguração com cânticos e hasteamento das bandeiras do Brasil e do Amapá. A banda da Polícia Militar executou os hinos que foram cantados pelos presentes.

Depois de um tempo sem manutenção, que a deixava feia, suja e cheia de mato, agora está com uma aparência melhor, apesar da buraqueira.

ZUNIDOR

, Raul Tabajara informa que quem quiser adquirir o livro “O Domínio da Vida” pode pedir para www.amorc.org.br ou pelo e-mail rosacruz@amorc.org.br
são josé_nicho É muito bonita e antiga a imagem de São José das Botas no seu nicho atrás do altar na igreja de São José. Tanto ela como as pinturas do padre Lino Simonelli, além de outros objetos ali expostos, deveriam ser tombadas pelo patrimônio estadual.
Foi dali de dentro que o padre belga Júlio Maria Lombaerd expulsou os negros dançadores do Marabaixo. Pe. Júlio foi que fez a primeira banda de música para os jovens de Macapá. Também foi o primeiro a projetar filmes para a garotada no início da década de 20. Entendia de tudo: de medicina à mecânica, de música à filosofia. Foi ele quem conversou com os pilotos alemães que desceram sem combustível no porto de Macapá, em uma catalina, em 1921.
maneca Meu amigo Maneca depositou sua dissertação de mestrado em Desenvolvimento Regional para defendê-la no dia 28. Vai tratar da região do Contestado no século XIX, a partir da obra Saraminda, de José Sarney.
eduardocanto Ontem (04.03.11) foi o aniversário do meu irmão Eduardo Canto, percussionista e compositor do Grupo Pilão, também administrador de Empresas e acadêmico de Direito. Vida longa, meu mano.

Inderê! Volto zunindo no Sábado.

sábado, 5 de março de 2011

terça-feira, 1 de março de 2011

COLUNA CANTO DA AMAZÔNIA

Publicada no jornal  Tribuna Amapaense de 26.02.11

DROGA NO BAILIQUE

mirian A secretária estadual de Educação, Miriam, recebeu uma carta-denúncia de comunitários do Bailique acusando um professor de vender drogas (crack) aos próprios alunos. A denúncia é grave e a carta será entregue para a apuração do Ministério Público Estadual.

Na carta dá para sentir a aflição da denunciante (uma mãe de aluno), que foi tomar satisfação com o “professor”. O “mestre” lhe respondeu que com ele não pega nada porque é parente de um dos policiais que dão “segurança” à ilha.

 DEBATE COM O SENADOR

randolfe A Participação do senador Randolfe Rodrigues no programa Tribuna Independente, pela Rede Vida, com Pedro Simon foi transferido para o dia 15 de março, o tema a ser debatido ficará em torno da reforma política e os movimentos sociais”. A exibição será ao vivo em rede nacional de TV Rede Vida, Brasília, às 22 horas. Em Macapá passa no canal 40.

JULIELE NA AP

juliele_ Após retornar para Macapá onde enfrenta o batente diário como advogada, a cantora Juliele já tem shows agendados para os dias 11 de março e 03 de abril, em Belém.

Ambos serão realizados na sede da sofisticada Assembleia Paraense, fatos que marcarão mais a exitosa carreira da intérprete. Em Macapá ela já prepara o seu novo CD, com arranjos do multiinstrumentista Manoel Cordeiro. Sucesso.

BAILE NO SÃO JOSÉ

bellus_tempos Vai acontecer no dia 4 de março, na sede do São José, no Laguinho, baile carnavalesco “tudo é Carnaval”. O evento começará com música mecânica, a partir das 20h00. Das 22 às 24h00 quem se apresenta é o grupo Sensação do Samba, um dos melhores conjuntos de pagode de Macapá., que vai cantar sambas de enredos dos velhos carnavais. Quem fecha a festa é a banda “Bellus Tempos”, que está contagiando o público com um repertório especial, relembrando os velhos bailes de carnaval de salão. Uma decoração temática está sendo preparada com muito profissionalismo para receber os convidados. Imagem: www.amapadigital.net

AMIGOS TROCAM IDADE (POR OUTRA)

obdiasaraujo_luizjorge_juvenalcanto Fevereiro é um mês de aniversários de muitas pessoas amigas e que estimo bastante. Dia 05 não mandei um “É big!” para o poeta, autor de “Cão Vadio” e “Berro Verde” (entre tantos outros livros), Luiz Jorge Ferreira por mero esquecimento. Nem para o Juvenal, meu irmão, que interpreta as músicas do Grupo Pilão desde que ele foi fundado, em 1975. Mando agora. Ao poeta Obdias Araújo, de “Praça, Pinga, Poesia & Mágoa”, também professor de música para crianças e adolescentes, vão os meus votos de sucesso.

PEDRO RAMOS

pedro ramos O contador Pedro Ramos, que ficou mais velho no dia 18, é desses amigos necessários. Incorrigível polêmico do carnaval comemorou a idade com um som tão alto que foi multado pela Secretaria de Meio Ambiente. Foram checar a denúncia com um decibelímetro. Aliás, Pedro Ramos, irmão do cantor Neck e do percussionista Bomba D’água, é o único motorista que conheço que foi multado por excesso de vagareza numa BR.

Pedro mora no Brasil Novo, onde os moradores são alegres e tudo é motivo para fazer festa.

VIOLÊNCIA E MORTE

É de se lamentar a violência se espalhando cada vez mais em Macapá. Pior ainda quando ela é oriunda de pessoas que supostamente foram preparadas para evitar que ela ocorra com frequencia.

Na sexta-feira passada, por pouco não testemunhei a morte de uma moça no Calçadão do Valdir, no Laguinho. Havia acabado de sair do bar quando um ex-marido ciumento chegou e a executou covardemente com três tiros. Horas depois, arrependido se matou.

VIOLÊNCIA E MORTE 2

Até aí seria apenas um crime passional a mais nas estatísticas do crime, não fosse o autor um oficial (tenente) do corpo de bombeiros. No ano passado, depois da decisão do campeonato nacional de futebol um oficial (capitão) da PM também executou um torcedor do Coríntians, numa atitude covarde e por motivo fútil.

Se eles que são oficiais, fizeram treinamento físico e psicológico para comandar, imagina como é o preparo dos seus comandados. E não venham me dizer que eles “são seres humanos”, que “são casos isolados” e outras bobagens mais, que não é bem assim...

ZUNIDOR

Foi ontem o lançamento do livro de fotografias Amazônia, organizado pelo padre Paulo, da paróquia Jesus de Nazaré, no Centro Cultural Jorge Basile. Toda a renda da venda será destinada ao Instituto que apóia pacientes portadores de câncer – o IJOMA. Adquira o seu também.

Parabéns ao Trem Desportivo Clube pela vitória sobre o Náutico, na quarta-feira, no Glicerão. O próximo fase será em Recife.

Depois de mais de vinte anos revi o Célio Paiva, funcionário público com quem trabalhei na SEPLAN na década de 80. Célio foi jogador de futebol e tem um excelente arquivo fotográfico dos times amapaenses de sua época. Nos encontramos no “Bar du Pedro” do Mercado Central, um dos melhores pontos boêmios da cidade.

Mando, ao jeito do J. Nei, um grande abraço ao locutor Edvar Motta, que foi para Belém fazer um check-up. Estamos torcendo pela sua recuperação.

Inderê! Volto zunindo no sábado.