quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Coluna Canto da Amazônia – Crimes contra Jornalistas

PRESIDENTE DA AIR DEFENDE MAIS RIGOR NA INVESTIGAÇÃO DE CRIMES CONTRA JORNALISTAS

image Luis Pardo Saínz, presidente da AIR

O presidente da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), o chileno Luis Pardo Saínz, disse nesta terça-feira, em Brasília, que tão importante quanto agravar as penas para crimes cometidos contra jornalistas é garantir a investigação, o esclarecimento e a identificação dos responsáveis. “Em boa parte dos casos, não temos resultado nas investigações.”
Saínz esteve reunido com o presidente da Abert, Emanuel Carneiro, os conselheiros Daniel Slaviero e Paulo Tonet Camargo, e o consultor jurídico da AIR, Alexandre Jobim.
Um relatório divulgado pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) aponta o Brasil como um dos países com maior número de assassinatos de jornalistas no primeiro semestre de 2011. O ranking é liderado pelo México, com cinco mortes, e Brasil e Honduras com quatro casos cada. Ao todo, foram 19 assassinatos no continente.
Para Saínz, o tema deve ser debatido amplamente nos países do continente e, como resultado, espera-se “não só o endurecimento das penas, mas o maior compromisso de Estados e governos com o esclarecimento desse tipo de crime”.
O empresário considera preocupante a situação de liberdade de expressão e de imprensa no continente latino-americano. Ele divide os países em dois grupos: o primeiro reúne os casos mais graves como Equador, Bolívia, Venezuela e Argentina. “Nesses países, onde se impõem políticas totalmente hostis aos meios de comunicação, os governos agem não só por ideologia, mas também por exercício do poder, por conveniência política”, afirma.
No segundo grupo estão os demais países como Chile, Brasil e Uruguai, “onde há democracia e respeito à liberdade de expressão”.  Saínz diz que também nestes casos são propostas iniciativas que muitas vezes buscam limitar a função da imprensa, porém, isso acontece “dentro do debate democrático com os Congressos e a sociedade”.
A AIR representa 17 mil emissoras de televisão e rádio das Américas, Ásia e Europa. (Fonte: Assessoria de Comunicação da Abert)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por emitir sua opinião.