sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

ANTÔNIO MUNHOZ VAI DEIXAR SAUDADES NO AMAPÁ (*)


Por Isabelle Braña 
                                  
            Uma das figuras mais nobres da educação e cultura do Amapá é o professor Antônio Munhoz Lopes, Ele faz parte da história de vida de muitos amapaenses, uma vez que sempre se fez presente nas' principais salas de aula do Estado.
            Munhoz tomou-se uma figura pública com facilidade. Sua competência intelectual se mistura a serenidade de todo docente. Mas, apesar da sua extrema relevância para o Amapá, ele decidiu deixar o Estado na última semana. Após ser destratado pela presidência do' Conselho de Cultura, representada pelo historiador. Nilson Montoril, o afamado professor declarou que iria partir para outro estado, já que não tinha mais ânimo de permanecer nesta terra.
            Para a jornalista Alcinéa Cavalcante, ele é um cidadão do mundo e patrimônio do Amapá e de seu povo, pois aqui educou e ensinou toda uma geração. "Aqui semeou cultura. Munhoz é digno de ser reverenciado em qualquer lugar que circule no Amapá e merece todo nosso respeito".
            No ano de 1996, professor Munhoz foi contemplado com o título de Cidadão Amapaense, pela Assembleia Legislativa do Amapá. Ele fez parte da fundação Associação Amapaense de Imprensa e Rádio no ano de 1963, na Piscina Territorial, pelo então governador Terêncio Furtado de Mendonça Porto. Juntamente com ele, Paulo Conrado, A1cy Araújo, Ezequias Assis, Jorge Basile, Luís Ribeiro de Almeida e Mário Quirino da Silva também estiveram presentes na formação da instituição.
Ele participou da fundação da Academia de Letras, ao lado de intelectuais como Heitor Picanço, Cora de Carvalho, José Benevides, Paulo Eleutério Cavalcante e Amaury Farias.
Munhoz é sem sombra de dúvidas, uma das criaturas mais amadas e admiradas no Estado. As homenagens ao eterno professor sempre se fazem presentes. "O meu amor por Munhoz é grande. Por ele, já me debrucei sobre poesias e numa delas falo de seu olhar sobre Macapá", diz uma das grandes apreciadoras de sua história, a poeta Neca Machado.
            Ele também é conhecido pelas suas constantes viagens. Ao longo dos anos, já teve a oportunidade de estar em Portugal, França, Itália, Espanha, entre outros países. O intelectual tem uma forte relação com a Europa e admira as culturas dos países localizados nas outras histórias. Seus amigos contam que suas viagens são custeadas com o dinheiro que ele arrecada das suas economias, pois para o professor uma das suas maiores alegrias é estar em contato com outras culturas.
Ele é tão querido no Estado, que seu nome já virou tema de instituição cultural, e um exemplo disso é a "Galeria Antônio Munhoz Lopes", que funciona na unidade do Serviço Social do Comércio (Sesc) no Amapá.

(*) Publicado na Tribuna Amapaense, edição de 04 a 10 de outubro de 2008

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por emitir sua opinião.