domingo, 18 de março de 2012

BRASÍLIA SEDIARÁ BIENAL BRASIL DO LIVRO E DA LEITURA, COM A PRESENÇA ATÉ DE UM NOBEL

 Texto de Ray Cunha, de Brasília.

Sob o tradicional silêncio ululante, quando se trata de arte, o governo do Distrito Federal promove, de 14 a 23 de abril, a primeira Bienal Brasil do Livro e da Leitura de Brasília, megaevento, com a presença até de um Nobel, o primeiro negro a receber o Nobel de Literatura, de 1986, o africano Wole Soyinka. O coordenador editorial do evento é o jornalista e escritor Luiz Fernando Emediato e o coordenador da Jornada Literária da América Hispânica é o escritor e tradutor Eric Nepomuceno. Um evento desses era para ter, desde agora, outdoors espalhados do Aeroporto Juscelino Kubitscheck e da Rodoviária Interestadual de Brasília até a Esplanada dos Ministérios, passando pela Rodoviária do Plano Piloto. Como os paulistanos e cariocas fazem em eventos semelhantes.
O secretário de Cultura, Hamilton Pereira, e o secretário de Educação, Denilson Costa, anunciaram, em café da manhã na Biblioteca Nacional de Brasília, a programação da Bienal, a qual abrirá as comemorações do quinquagésimo segundo aniversário de Brasília. Serão 10 dias dedicados ao livro, numa iniciativa sem precedentes na história da cidade, que passou grande parte do seu tempo sob a administração do alcaide Joaquim Roriz, que, como Lula, sente enxaqueca só de ver um livro. Acontecerá num pavilhão na Esplanada dos Ministérios, ocupando 50 mil metros quadrados, com auditórios para seminários, debates, encontros, palestras e sessões de autógrafos, e um palco para shows de música popular brasileira. Estarão presentes 120 editoras e autores de todos os continentes. Importante: com entrada franca.
Nomes consagrados autografarão seus trabalhos, como o Nobel nigeriano Wole Soyinka, que autografará The Lion and the Jewel (Geração Editorial); o norte-americano Daniel Polansky, autor da trilogia Cidade das Sombras; o britânico Richard Bourne, autor da biografia Lula do Brasil; e o argentino Mempo Giardinelli, de Luna Caliente, entre outros. Haverá também debates com escritores como a norte-americana Alice Walker, de A Cor Púrpura; e o chileno Antonio Skármeta, de O Carteiro e o Poeta. Ainda, seminários abordarão as singularidades das literaturas africana e hispano-americana.
Entre os autores brasileiros convidados estão Milton Hatoum, Cristovão Tezza e Marçal Aquino. Foi convidado algum escritor brasiliense? Nem Zé Sarney, que está em todas?

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